A morte no madeiro




Sha`ul (Paulo) na carta aos Gálatas disse que Yeshua (Jesus) se tornou maldito por nós, ao ter morrido no madeiro. 



"Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;" 

(Gálatas 3:13)


A maldição a que se referiu é a que encontramos no livro de Deuteronômio.  



"Quando também em alguém houver pecado, digno do juízo de morte, e for morto, e o pendurares num madeiro,

O seu cadáver não permanecerá no madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo dia; porquanto o pendurado é maldito de Deus; assim não contaminarás a tua terra, que o SENHOR teu Deus te dá em herança." 
 (Dt 21:22-23)


Até aqui tudo bem.Para leitores pouco aprofundados não há nada de estranho nisso, mas para os mais atentos, surge uma questão:



A morte no madeiro no livro de Deuteronômio não é a mesma sofrida por Yeshua, isto porque os Hebreus não crucifixavam os criminosos. O madeiro dos Hebreus era a árvore, onde eram pendurados DEPOIS DE MORTOS (ou enforcados). Por sua vez o madeiro romano era a cruz, a bem da verdade, uma estaca de execução. A pratica de pendurar os criminosos é uma prática herdada de outros povos anteriores.



Os registros históricos apontam para os Assírios, Persas, Egípcios, Sírios e Gregos.



Então chegamos ao ponto. Teria Sha'ul forçado o texto ou se enganado? Absolutamente.



A explicação que trás harmonia aos textos, está no grego. 



ξύλον (Xulon) que significa: Madeira, Árvore. 



A palavra Xulon não significa cruz (σταυρὸν - Stauron), então de fato, maldito não o que morre na cruz, mas sim no madeiro, independente se seja ou não uma cruz, melhor dizendo, não o que morre, mas o que é pendurado. 



A palavra Xulon é usada diversas vezes nas Escrituras como por exemplo em Apocalipse, onde se traduz por árvore.



"Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore (Xulon)da vida, que está no meio do paraíso de Deus."  



(Ap 2:7)



A palavra aparece como forca em Josué. 



 "E ao rei de Ai enforcou num madeiro (Xulon), até à tarde; e ao pôr do sol ordenou Josué que o seu corpo fosse tirado do madeiro; e o lançaram à porta da cidade, e levantaram sobre ele um grande montão de pedras, até o dia de hoje." 



(Josué 8:29)



Concluindo: 



Apesar de o tipo de morte descrita no livro de Deuteronômio não ser a mesma sofrida por Yeshua, não há contradição nas palavras de Sha'ul, haja vista o enfoque estar no madeiro a despeito de se tratar de enforcamento ou crucificação. (Não importa se árvore ou artefato de mesma)




by Vanderlei L. Borkoski



Comentários

Anônimo disse…
(Comentário de César) No ano passado uma aluna curiosa (E os demais da sala, onde estuda a outra aluna cujo marido foi me afrontar e ameaçar de morte agora recente, lembra?)me perguntou se era errado andar com crucifixo pendurado no pescoço. Eu disse para ela que aquilo era satisfação para o diabo, pois lembrava o breve momento de regozijo do mesmo ao ver o Filho de Deus pendurado na cruz, o que era uma morte de maldição e humilhação. Portanto, se ela quisesse ser cristã, abandonasse este costume do paganismo romano (De onde aliás veio o exato formato de cruz para pendurar em madeiro), e nunca tivesse esta lembrança do Senhor Jesus, mas a lembrança do mesmo vitorioso à Direita de Deus, de vestes brancas, olhos de fogo, como está em * Apocalipse, 1:13-16. Como prova de que quem era pendurado em cruz ou madeiro era caso de maldição perante o povo, citei * Gálatas, 3:13, que você usou, e também 5:11, e mais * Filipenses, 2:8 e * Hebreus, 12:2. Mostrei tudo isto na Palavra de Deus, ela leu, concordou, nunca mais usou. Queira Deus que um dia este renovo brote, e dê frutos de conversão.
Deus abençoe!
Anônimo disse…
(Comentário de César) Ainda sobre este tipo de idolatria, que também toma o meio evangélico assim como outros absurdos que reinam ali, podemos ver que usar um simbolismo é uma forma de falta de fé, pois a fé em imagens ou símbolos é para os que têm dificuldade em crer sem nada ver, e precisam de um símbolo, ignorando a Ira Santa de Deus sobre esta questão, amplamente clara na Palavra de Deus deixada a nós. Se buscar em dicionários, verá que fé é crer naquilo que não se vê, portanto a necessidade de imagens ou simbolismos é falta de fé, além da idolatria, que os pagãos romanos e os neo-cristãos evangélicos não aceitam. A cruz sempre esteve presente na Igreja Luterana, Presbiteriana, IIGD, e outras evangélicas... e um dia, ainda não era cristão, escutei um "pastor" explicar que usar cruz com o Senhor Jesus pendurado era idolatria, mas que a cruz limpa era correto.
Só Deus para ter misericórdia dos que escolhem pastores homens e desprezam o pastor e bispo de nossas almas, como se referiu Pedro.
Já os pagãos romanos deliberam que os simbolismos idólatras podem ser usados, pois a serpente no deserto curou várias vidas. Minha resposta é que aquilo, quando virou idolatria, foi destruído quando Deus assim tocou o rei Ezequias. Veja abaixo:
* João, 3:14 e 15 “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; Para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Notar que a serpente de Moisés, levantada no deserto, curava, e o povo passou a idolatrar, o que recebeu a reprovação de Deus, sendo destruída por Seu servo, o rei Oséias, em * II Reis, 18:3 e 4. Agora o povo voltaria a idolatrar a cruz, no paganismo romano e mesmo alguns evangélicos)
Deus abençoe!
Anônimo disse…
(Comentário de César) Irmão, na última postagem, onde se lia rei Oséias, que era profeta e nunca foi rei, leia-se rei Ezequias.
Deus abençoe!

Postagens mais visitadas deste blog

A proibição da barba nas Assembleias de Deus

Concupiscência da Carne, Concupiscência dos Olhos e Soberba da Vida